Ok, passei o ano de 2010 investindo em imersões musicais mais profundas desde que saí do colégio há mais de dez anos atrás. Mesmo assim, é evidente que não pude acompanhar toda a movimentação de bandas independentes ou mesmo a mais evidente das demonstrações do mainstream pop, os ultimos singles da Lady Gaga. A diferença é que essas coisas radiofônicas chegam até nós de uma forma ou de outra. Outro problema, além da falta de tempo, é que supomos gostar mais desse ou daquele perfil: por mais interessado em ouvir coisas novas, há sempre uma barreira mental: porque diabos eu ouviria uma banda gaúcha que parecia sensível demais quando me faltava ouvir o free jazz do Dave Burrel?
Mas, chegou o dia em que, entre recomendações entusiasmadas e gente que me dizia que a audição seria cruel, cumpri uma das minhas obrigações quando iniciei o blog: ouvir de tudo, escrever sobre o que me entusiasmou, e eventualmente sobre o que me revoltou de tão ruim. Sempre baseado em análises simples e pretensamente pontuais. Com um bocadinho de emoção e sensações para compartilhar.
Ouvi o disco de estreia dos caras no final de 2010. Logo me chamou a atenção as letras que não pareciam ser tão engraçadinhas como haviam comentado: se pareciam mais como crônicas bem destiladas e ótima escolha de palavras. O som poderia dever alguma coisa á estética da década passada com as guitarras carregando e duelando nas melodias, mas me passou longe a idéia de um som Los Hermanos, uma banda que nunca me agradou: faltava punch e equilíbrio melódico. E o Apanhador Só tem essa pegada rocker, mas soa assim meio despretensiosa. Diversas audições depois, me rendi ao bom trabalho dos gaúchos. Sólido disco, recheado de bons sons e riffs e quebras interessantes. Fica a dica: ouça de coração aberto. E voces que não curtiram, tá aqui minha nota: 7/10
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