domingo, 16 de fevereiro de 2014

O Renegades of Punk vai pra Europa no esquema DIY



O barulho tropical-punk de Aracaju vai viajar: a banda The Renegades of Punk vai fazer uma turnê na Europa em meados de junho e até aí não é surpresa já que o trampo dos caras é classe, todo trabalhado nos timbres e nos riffs estilo facas Ginsu. Só que o esquema da viagem é autonomia pura, junta-os-truta-e-vamo-aí, sem deixar de ter uma organização bem feita, é claro. Conversamos com a vocalista/guitarrista Daniela pra destrinchar os detalhes:

Como surgiu a ideia da turnê?


Quem está dando total apoio e nos ajudando com o lance de marcar os shows e vão acabar dirigindo pra gente lá são o pessoal da No Gods No Masters, Josimas e Andreza. A gente tem alguns amigos que moram lá e alguns contatos que foram feitos através dos anos. Temos um 7'' lançado pelo selo alemão Thrashbastard e alguns lançamentos que estão pra sair por selos franceses. Daí o assunto de irmos pra lá tocar sempre vinha à tona. Com a ajuda e incentivo do pessoal da No Gods No Masters isso se tornou mais real. Desde então começamos a planejar nossa ida pra lá

Também vão rolar eventos pra arrecadar grana pra turnê. Conta mais sobre isso.

Os eventos pra arrecadar grana que estamos pretendendo fazer serão acontecimentos mensais, ao menos, aqui na nossa cidade. Nossa intenção é contar com a colaboração dos amigos e tentar fazer shows a custo mínimo (zero é o ideal) para tudo que entrar na bilheteria ir para a "caixinha" da banda. O que levantarmos de grana até o início de junho será usado para diminuir os custos da viagem, que são significativos. Os eventos provavelmente vão se dividir entre shows, eventos com rango vegan e venda de merchandise da banda.




A turnê vai passar por quais lugares?

A ideia é que ela comece em Barcelona e termine no Punk Illegal, na Suécia, passando por França, Itália, Suíça, Alemanha, Rep. Tcheca, etc.


Deu pra sacar que o esquema DIY permeia toda a parada da turnê; Quais as vantagens e ificuldades dessa autonomia?

Diy é nosso modus operandi. É a forma que a gente faz as coisas. Existem outras, claro, mas é assim que aprendemos a fazer as coisas funcionarem e é a forma que mais nos agrada. As vantagens são a autonomia e experiência que você troca com as pessoas que vivem coisas bem parecidas com você, independente da localização geográfica. A desvantagem é que tudo necessita de um pouco mais de trampo e suor pra acontecer. Mas isso é, ao mesmo tempo, parte da beleza do processo.