sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Entrevista: Nite Jewel


Ramona Gonzales, aka Nite Jewel lançou agora em 2012 seu segundo álbum, One Second of Love. Sua estreia em 2009 com Good Evening chamou a atenção do público para a artista californiana associada ao experimentalismo local de Ariel Pink e Julia Holter. Formada em Filosofia, Ramona já realizou exibições para instalações audiovisuais. Batemos um papo com ela sobre o novo disco, meios de produção e geração Napster:  Leia mais:





One Second of Love possui um ambiente sonoro diferente de Good Evening. O disco é cheio de espaços, detalhes, e soa bastante limpo. Foi uma escolha de produção ou uma forma diferente de compor?

One Second of Love foi inspirado pelo processo de produção de "Another Green World", de (Brian) Eno, então de certa forma foi uma escolha de produção. Por outro lado eu estava ouvindo compositores como Sade e Prefab Sprout. Portanto, de alguma maneira é a respeito de como a produção influencia e alavanca composições e vice-versa.

Sua voz está muito mais discernível agora; Isso ajuda a estabelecer as tonalidades e emoções diferentes do álbum. Você se vê mais como uma cantora agora do que previamente?

Sempre fui uma cantora desde criança e sempre quis ser. Acho que é uma diferença de confiança ao invés de intenção.

Algumas canções do novo disco possuem toques eletrônicos, influências de R&B, funk, pop...o estilo lo-fi dos discos anteriores limitava a experimentação?

Acho que sou naturalmente inclinada a experimentar com estilos diferentes, e mesmo no primeiro disco se você prestar atenção pode enxergar traços das mesmas influências, apenas que agora é mais fácil de ouvir. Acredito que crescer como artista significa forjar aquilo que você faz melhor e criar um "som" que te represente inteiramente e seja único. Isso só pode acontecer através de experimentação e aceitação de riscos.

Seu trabalho é um bom exemplo de criação com múltiplos ângulos do pop. Acha que é uma espécie de "marca registrada" da geração Napster/MP3?

Não. Vejo que todos os discos clássicos do pop, de gente como Prince ou Michael Jackson ou Beatles ou qualquer outro possuem um sem número de estilos diferentes. Na realidade, acredito que inúmeros "ângulos" ou "estilos" é o que faz algo pop ao invés de "indie" ou "experimental".

Por último: Qual seu disco favorito de 2012?

Kendrick Lamar - Good Kid, m.A.A.d city 

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