quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Tame Impala - Lonerism

A nossa lista de melhores de 2012 logo será publicada. Começamos aqui a apresentar resenhas de discos que estarão na lista: Leia mais



Por Letícia 

Ouvir o disco do Tame Impala é uma viagem no túnel do tempo. Os riffs de guitarra fazem com que você se transporte para os anos setenta rapidamente. O ritmo psicodélico, que muitas vezes acompanham até mesmo as performances ao vivo da banda, permeia por Lonerism em um equilíbrio – evitando a repetição. As influências de artistas como King Crimson e Beck, bem como a fase mais experimental dos Beatles (o álbum Revolver parece uma referência básica aqui), não fazem com que a personalidade do Tame Impala se perca. É parecido com dinossauros do rock, mas passa longe de cópias baratas como Strokes e Jet. O que faz pensar que eles mesmos podem vir a ser uma referência daqui algumas décadas. 


A sensação é de um passeio hippie em meio a drogas lisérgicas, sem que se perca a inocência daquela época. Quando quer, a banda consegue ser bem suja e direta ao ponto, como se pode perceber na faixa “Nothing That Has Happened So Far Has Been Anything We Could Control”. A mesma hipnose instrumental se faz presente na bela “Elephant” (primeiro single do disco). Lonerism relembra as primeiras vezes em que ouvimos o rock clássico, em uma mistura de sons e sensações, indo muito além da “música para voltar pra casa” (“Music To Walk Home By”) – é também o disco que se quer ouvir quando se chega em casa no repeat. Te transcende e faz com que haja reflexão sobre todas as conexões do universo, incluindo as que ocorrem dentro de você. 9/10

Ouça: Why Won’t They Talk To Me?, Music To Walk Home By e Feels Like We Only Go Backwards.

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