Disco #3 na nossa lista de melhores de 2012:
Por Leticia
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Quando lançou Efêmera, em 2010, Tulipa Ruiz veio como uma brisa de frescor na MPB. Aos poucos, com apresentações ao vivo memoráveis e uma boa divulgação do trabalho, demonstrou que a sua música não tinha nada de passageira. O álbum também destacou a efervescência de artistas que timidamente desde o ano anterior (2009) eram conhecidos como Os Novos Paulistas (onde estão inclusos Tiê, Thiago Pethit, Tatá Aeroplano, Dudu Tsuda). Dois anos depois, é inegável que existiria uma expectativa de público e crítica para ver as novas criações da cantora. Felizmente, Tudo Tanto consegue evoluir de canções adoráveis (como era o caso de Pontual e a faixa que dá nome ao disco) de outrora para um drama reflexivo e maduro (vide Bom e Like This), espantando a repetição em um experimento maior da guitarra.
Até mesmo os vocais de Tulipa parecem mais relaxados e de acordo com a personalidade da cantora. Em músicas fáceis e grudentas como É e OK, percebe-se que o tom pop não foi extinto – o que é bem vindo. Mas são faixas como Víbora (parceria com Criolo) que transformam Tulipa em uma das melhores vozes da música brasileira atual – uma mistura de gritos e sons experimentais que rasgam na medida em que se revelam. Em 11 faixas, o álbum consegue passar por uma excelente mistura de ritmos e referências, fazendo com que os altos e baixos fiquem equilibrados em, realmente, tanto de tudo. 8,5
Ouça: OK, Víbora e Quando Eu Achar.
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