Sem pressa: ter boas cançoes pode ser um bom início, mas trabalhar essas músicas por um tempo pode aprimorar ou até mesmo dar inspiração para mais criaçoes. Acho que o Stop Play Moon deve ter pensado nisso. Ainda em 2008 eles tocaram pela Europa e no festival Motomix, já demonstrando bom repertório. No entanto só em 2010 sai o primeiro album: decisão sábia, já que agora a banda soa totalmente segura, com controle total para experimentar e equilibrar as composições. Nem parece disco de estréia. Entre a levada eletrônica e os ganchos pop, intervençoes de guitarras (a cargo de Paulo Bega e Ricardo Athayde) e os vocais precisos de Geanine Marques, se escondem nuances simples, mas que dão personalidade própria e bem definida ao trabalho. Alternando momentos mais dançantes com outros mais climáticos e instropectivos, o álbum mantém o ouvinte interessado, algo difícil no gênero electro-pop (sempre com um pezinho na repetição preguiçosa). Na enxurrada de novos grupos electro-pop-rock pelo mundo, o Stop Play Moon consegue se destacar; o Delphic, banda de Manchester incensada pela imprensa inglesa não entrega hits prontos como "Hey", "Faking Faces"ou baladas como "Lucy". Lembra todos aqueles projetos pós-New Order do Peter Hook ou do Bernard Sumner? Então, se eles não fossem tentativas fracassadas de resgatar a pegada da antiga banda, soariam como o Stop Play Moon. 7,5/10
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