Essa dupla do Brooklyn assinou contrato com o selo de M.I.A, Neet, para lançar seu album de estréia. Nas palavras da cantora cingalesa, eles são " representantes de como a garotada se sente na América hoje". Então eles devem estar muito putos. Pois o que eu primeiro pensei durante a audição de Treats foi como meus pequenos fones Sennheiser estavam aguentando a massa sonora. "Queria ter um Bang & Olufsen agora". Batidas eletrônicas pesadas, riffs parrudos de guitarra, tudo envolto em uma atmosfera opressiva. Exceto pelos vocais de Alexis Krauss, que poderiam ser de Ke$ha se o background musical fosse outro. Mas nesse cenário, seria a Ke$ha cantando de chicote na mão para escravos acorrentados no porão mais escuro do inferno. Mais ou menos isso. Outro cenário mais ilustrativo para a sonoridade aqui encontrada seria uma cópula entre o Ting Tings e o Death From Above. Enfim, deu pra sacar. Mas, espere: no fundo, tudo soa como cançoes pop! O álbum flui tão bonito que nao fica cansativo, e dá pra imaginar algumas melodias ou batidas sendo lembradas após a última música. Então voce aperta o play de novo, porque vale a pena. O equivalente musical de ser atingido por uma pedra, sofrer concussão cerebral e ser acordado por uma garota bonita, tatuada e de voz agradável. Doloroso, mas recompensador. 8/10
Nenhum comentário:
Postar um comentário