Cristina
Alison
O quarto disco da dupla The Kills, Blood Pressures, não empolga. A combinação de riffs crus de Alison Mosshart e o entrosamento com seu parceiro de banda Jamie Hince, que criaram a reputação de banda queridinha e cool, parecem pálidos aqui. Claro, há momentos em que o rock de corte blues e as pequenas intervenções eletrônicas dão aquele ar de balada indie. Mas também poderia ser de desfile de moda. O fato é que faltam variações rítmicas e inspiração. A fórmula que deveria consagrar Alison como musa roqueira falha, e o disco é flácido e esquecível.
Eu sou totalmente a favor de música nova (mesmo o The Kills existindo há uns bons dez anos, ainda são "frescos" na percepção midiática). Por isso mesmo não gosto de comparar ou reativar sentimentos de nostalgia. Mas nesse caso, acho que faz sentido lembrar de outra banda, que tinha uma musa nos vocais e riffs pontiagudos, e cuja essência era a química entre seus dois principais membros: o Boss Hog.
Projeto esporádico de Jon Spencer (Blues Explosion), o Boss Hog gravou três discos apenas. Cristina Martinez, a vocalista da banda - também apareceu em discos do Pussy Galore - era pura classe na categoria bagaceirice rocker: cantava bem, tinha performances selvagens e cativava pela beleza e loucura. Difícil não traçar um paralelo, ou pelo menos uma conexão entre o Boss Hog e o The Kills. O problema é que, nesse caso, o passado sai ganhando. Acima, a foto de Cristina com 18 ou 19 anos por Richard Kern e também da Alison. Abaixo, vídeos das duas bandas:
O Boss Hog lançou Cold Hands, Boss Hog (o clipe é extraído de uma canção desse album) e Whiteout antes de se manter em um hiato que persiste . Aliás, por onde anda Cristina?
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