Oriundo da mesma Brasília que já
concebeu nomes como Câmbio Negro, Gog e Tribo da Periferia para o rap nacional,
o 3umSó apresenta o disco Talibã,
onze faixas de um hip-hop atual embebido em sexo, drogas e violência (negô).
A linguagem gangsta aqui não é a
de um discurso repetido, mas um papo reto e sem rodeios, direto ao ponto de
soar verdadeiramente abrasivo aos ouvidos mais sensíveis. A base acelera no
trap (mas não só) e o uso do autotune é acompanhado do flow ora ácido ora
relaxado dos MCs. Refrães como os de Terra
de Piranha e Escamoso deixam
claro que o grupo trabalha com habilidade a construção das canções, montados
sobre estrutura que favorece a escalada das narrativas dentro das batidas.
O grande mérito de Talibã é exercer com efetividade a
equação “Cenário lírico gangsta+ criatividade nas batidas”. Acaba sendo um dos
melhores discos de rap do ano, o que não é pouca coisa. 7,5/10
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