Chamamos uma galera pra nos responder a uma pergunta: Qual o som que fez sua cabeça em 2016? Se você perdeu a parte um, está aqui.
Don L:
"Acho que o album mais importante foi o da Lay. Ela veio com uma temática e representatividade muito necessária, com técnica e feeling, com muita verdade e conteúdo. Além da produção do Léo Grijó provando outra vez a importância de um produtor investir num artista novo, acreditando no desenvolvimento de um trabalho de longo prazo pra além da visão imediatista da maioria. E a música mais importante de 2016 foi a Sulicídio. Foi a que provocou mais, surpreendeu, causou impacto em toda uma cena de ponta a ponta. Mudou o jogo. Mas precisa sacar de rap e ter um nível de inteligência acima do medíocre pra não interpretar errado a letra e levar ela no sentido literal. Resumindo o que os moleques estão dizendo é: ó, a gente tá aqui trabalhando e a gente é tão bom quanto ou melhor que vocês, e é tirado de segunda divisão por ser do nordeste. E se colocaram como dois dos emcees mais promissores da nova geração."
Sabine Holler (Jennifer Lo Fi, Ema Stoned, Mawn)
"2016 foi um ano em que redescobri o indie rock. Depois de alguns anos flertando apenas coisas que eram mais eletrônicas e sintéticas, talvez por saudosismo, ou talvez por uma constante necessidade que tenho de rupturas, descobri a Mitski. Me senti adolescente de novo a partir de seu novo single “You Best American Girl”. Que energia, que frescor! Tive o prazer de trocar uma idéia com ela depois de seu show em uma pequena mas renomeada casa de shows em Berlin. Além de parabeniza-la pela performance pedi um conselho, de menina de 25 anos, a menina de 25 anos.. ela simplesmente me disse, perseverança. Talvez o rock, dentro de todas as suas variantes, como uma fenix, esteja se redescobrindo."
Kiko Dinucci
"Tenho um disco que mexeu comigo: Atrocity Exhibition do Danny Brow. Aqui no Brasil passou meio desapercebido no meio do Rap. Mas eu achei um disco provocador e original, na contramão de muitos clichês do Rap, sample e loops estranhos e irregulares, pouca citação de soul music é um clima paranóico, nóia e apocalíptico. O Rap precisa se repensar a partir desse disco."
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