E 2014 já começou bem: o Hierofante Púrpura soltou no dia mundial do pós-ressaca seu novo trampo. E se o primeiro dia meio modorrento do ano é preguiçoso, A Sutil Arte...quebra qualquer sono na ambientação psicodélica de suas cores. Típico do perfil low profile dos caras, o disco mescla composições próprias com a tal "esculhambação" de músicas de artistas diversos.
E a escolha das versões é caleidoscópica: de Againe a Pena Branca e Xavantinho, passando por La Carne, Yo La Tengo e Mr Airplane Man. E os ares de Mogi das Cruzes fez com que todas essas bandas convergissem em experiências sônicas lisérgicas, e até mesmo a imensa familiaridade com O Cio da Terra não atrapalha a viagem.
A percepção das frequências aqui é importante: os graves em músicas como Vida e Morte de Ira Kaplan são indutores, base pra qualquer estudo de psicoacústica; Transcendentalizei vai se desdobrando através dos riffs; O Cio Da Terra continua bonita mas expandida sutilmente à condição de psicodelia rural enfim. Cada uma das doze faixas contém uma condição única, particular, sem que o conjunto fira a coerência final.
Carregando em imagens arrastadas que se apresentam borradas, nota após nota, eco após eco, em uma longa suíte tão bela quanto quieta, o Hierofante Púrpura fez um trabalho que demonstra novas sensações a cada audição; assim como somos a síntese de anjos e animais, ansiosos pela miríade de oportunidades, A Sutil Arte... é um álbum de caminhos diferentes, humano a cada acorde. 9/10
E a escolha das versões é caleidoscópica: de Againe a Pena Branca e Xavantinho, passando por La Carne, Yo La Tengo e Mr Airplane Man. E os ares de Mogi das Cruzes fez com que todas essas bandas convergissem em experiências sônicas lisérgicas, e até mesmo a imensa familiaridade com O Cio da Terra não atrapalha a viagem.
A percepção das frequências aqui é importante: os graves em músicas como Vida e Morte de Ira Kaplan são indutores, base pra qualquer estudo de psicoacústica; Transcendentalizei vai se desdobrando através dos riffs; O Cio Da Terra continua bonita mas expandida sutilmente à condição de psicodelia rural enfim. Cada uma das doze faixas contém uma condição única, particular, sem que o conjunto fira a coerência final.
Carregando em imagens arrastadas que se apresentam borradas, nota após nota, eco após eco, em uma longa suíte tão bela quanto quieta, o Hierofante Púrpura fez um trabalho que demonstra novas sensações a cada audição; assim como somos a síntese de anjos e animais, ansiosos pela miríade de oportunidades, A Sutil Arte... é um álbum de caminhos diferentes, humano a cada acorde. 9/10
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